O Fiat 500 apareceu em 1957 e afirmou-se logo como o automóvel perfeito para a cidade, pela sua agilidade e pelo tamanho reduzido. Agora, ao final de 63 anos, reinventou-se e apresenta-se numa versão totalmente eléctrica que promete reforçar ainda mais estas características.
Tal como o principal rival, o Honda e, o Fiat 500 manteve o visual retro que tanto sucesso lhe valeu na segunda geração, mas ganhou linhas ainda mais elegantes e exclusivas que lhe dão uma imagem mais premium.
O maior 500 de sempre
As dimensões continuam a ser muito compactas, mas esta geração é a maior de sempre, assumindo contornos ligeiramente mais robustos. Para isso muito contribui a nova assinatura luminosa e a grelha dianteira fechada.
Mas em termos visuais a maior novidade é mesmo a carroçaria "3+1", que acrescenta uma terceira porta - de abertura ao contrário - para facilitar o acesso aos bancos traseiros. Pode parecer um mero detalhe, mas esta terceira porta ajuda a reforçar as características mais utilitárias deste modelo. A juntar a esta versão há ainda as tradicionais propostas coupé e cabrio, esta última com a icónica capota de lona.
Mas se a imagem exterior evoluiu e ganhou contornos mais premium, o interior não lhe fica atrás, uma vez que sofreu um importante reforço tecnológico que assenta num novo painel de instrumentos digital e no renovado sistema de infoentretenimento UConnect 5 que recorre a um ecrã de 10,25’’ que permite a ligação sem fios aos sistemas Android Auto e Apple CarPlay.
Nas portas, mais uma surpresa: a silhueta do Fiat 500 original acompanhada da inscrição "Made in Torino". E por falar em portas, agora podemos abri-las carregando apenas num botão, ainda que continuem a existir os tradicionais puxadores.
Atrás, nos bancos traseiros, e apesar deste modelo ter crescido em todos os sentidos, continua a ser algo "acanhado" para dois adultos de estatura média. Já na bagageira, e graças ao facto do 500 contar com uma plataforma pensada de raíz para ser eléctrica, a capacidade não foi reduzida e continua fixada nos 185 litros. Pode não ser muito, mas chega para as obrigações do dia-a-dia.
Ao volante: rápido e ágil em cidade
Com uma posição de condução muito confortável e ligeiramente mais elevada, o que privilegia a visibilidade para o exterior, o 500 sente-se um automóvel mais maduro e muito mais equilibrado. Este pequeno citadino italiano cresceu em todos os sentidos e isso sente-se ao volante.
A configuração da suspensão continua a ser algo dura - sobretudo com as jantes de 17 polegadas - e isso nota-se nas estradas em pior estado, mas o comportamento dinâmico é muito interessante e convence. Mantém a agilidade que sempre caracterizou este modelo, mas junta-lhe o poder de disparo e a suavidade de utilização típica dos automóveis eléctricos.
O novo 500 eléctrico já está disponível com preços a começar nos 26.800 euros, mas a versão Icon com motor de 118 cv arranca nos 28.300 euros. Na versão "3+1", com a nova porta de abertura contrária, custa mais 2.500 euros e na versão cabrio, mais 3.500 euros.
No próximo ano chega a versão menos potente, com uma bateria menor e com equipamento mais reduzido. Terá um preço a começar nos 23.800 euros.
Ficha Técnica
Motor: Eléctrico
Potência Máxima: 118 cv (87 kW)
Binário Máximo: 220 Nm
Bateria: 42 kWh
Autonomia: 320 km (WLTP)
Velocidade Máxima: 150 km/h
0-100 km/h: 9 s
Consumo Médio: 14 kWh/100 km
+ Imagem: Imagem retro e elementos de design premium são combinação perfeita
- Espaço: Bancos traseiros continuam a ser algo apertados para dois adultos
Autor: Miguel Dias
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